Rafael Perez
Recorrendo a uma necessidade que o espiritismo deve percorrer, a Pureza Doutrinária nos remete à lembrança de que não existem denominações espíritas como: mesa branca, umbanda espírita dentre outras.
Deve-se entender que a Doutrina Espírita é simplesmente aquela estudada, e logo depois codificada por Allan Kardec. Uma conseqüência natural deste entendimento é que denominações e nomenclaturas criadas por ele como a Mediunidade devem estar acompanhadas apenas de seus conceitos.
Em um destes conceitos Kardec nos explica que mediunidade é a faculdade que permite o intercambio entre o mundo físico e o espiritual. O intercambio é feito pelos Médiuns.
Segundo o Livro dos Médiuns, "... todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é por esse fato médium".
A mediunidade é distribuída a todos de igual modo, possibilitando que um dia seja instrumento útil na caminhada evolutiva de cada um. Por isso em todos os homens se constitui esta faculdade, sendo em uns mais, outros menos, só não é igual no sentido de que para cada um existe um tipo diferente de manifestação.
Edgar Armond, por exemplo, afirma em seu livro "Mediunidade", a classificação da mediunidade em Natural e de Prova. "A Natural aparece à medida que a pessoa evolui se moralizando. O individuo adquire faculdades psíquicas conseqüentemente aumentando sua percepção espiritual. Na de Prova, os espíritos atrasados em sua evolução e moralidade e incapazes, lhe são concedidos faculdades psíquicas como graça. Não as conquistaram, mas receberam-nas de empréstimo, por antecipação, e dependendo do modo como serão utilizadas terão ou não contribuído para sua própria evolução".
Mas tudo começa com a eclosão mediúnica, que não depende de lugar, idade, condição social ou sexo. Pode surgir na infância, adolescência ou juventude, idade madura ou velhice em que os casos de mediunidade nesta etapa da vida tem pouca duração, apesar de poder durar por alguns anos. Pode-se dizer que existem sintomas que preconiza a mediunidade como: reações emocionais insólitas; sensação de enfermidade (aparente); calafrios e mal-estar; irritação sem motivo aparente; dormências em membros; ou sem qualquer sintoma, espontaneamente, tais características não são um holl taxativo, podendo variar muito de pessoa para pessoa.
Segundo palavras de Emmanuel "Mediunidade é como um botão de rosas que desabrocha e com o seu perfume embeleza a vida." Ainda prossegue dizendo "... Isso, entretanto, exige, antes de tudo, paciência e trabalho, responsabilidade e entendimento, atenção e suor."
Embora a mediunidade apresente um caráter específico em cada um, de forma geral todos os médiuns são sensitivos ou impressionáveis, capazes de sentir a presença ou aproximação de espíritos. Sentem uma vaga impressão como um arrepio geral sem muita explicação.
Como disse é faculdade rudimentar onde qualquer tipo de médium passa a ter de inicio, esta sensibilidade inicial e pode ser desenvolvida com a prática, colocando o individuo a perceber que espíritos bons nos dão sensações boas ou penosas e ruins.
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