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Farol do Caminho
Farol do Caminho
Todos os artigos
  1. A caridade material e a caridade moral
  2. A coragem da fé
  3. A eclosão da mediunidade
  4. A fé que transporta montanhas
  5. Ajuda-te e o Céu te ajudará
  6. Amar ao próximo como a si mesmo
  7. A mediunidade dos animais
  8. A mediunidade na história
  9. A mulher na história
  10. A quem muito foi dado, muito será cobrado
  11. A Simbologia da Páscoa
  12. Bem aventurados os aflitos
  13. Buscai e achareis
  14. Comunicação mediúnica
  15. Desenvolvimento mediúnico
  16. Determinismo e Livre Arbítrio
  17. Finados
  18. Fora da caridade não há salvação
  19. Há muitas moradas na casa do Pai
  20. Jesus no lar
  21. Lavar as mãos
  22. Mundos Superiores e mundos inferiores
  23. Natal
  24. Não separar o que Deus juntou
  25. Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo
  26. O amor ao próximo
  27. O Cristo Consolador
  28. O Diabo - Uma breve visão do Maligno
  29. O tríplice aspecto do Espiritismo
  30. O jugo leve
  31. Retorno a vida corporal

A Fé que Transporta Montanhas

Maria Inácia

Disse-lhes Ele:

Por causa da vossa pouca fé; pois em verdade vos digo que,

se tiverdes fé como um grão de mostarda, diríeis a este monte:

"Passa daqui para acolá", e ele há de passar; e nada vos será impossível.

Jesus

Mateus, cap XVII, versículo 20

Por estas palavras, Jesus nos esclarece que a Fé transporta, ou remove as montanhas que tanto prejudicam nosso melhoramento. Mas, que montanhas são essas?

Não podemos acreditar que se trata de montanhas reais, geográficas. Absurdo supor que a Fé seja capaz de, por exemplo, transportar o Monte Evereste para o Brasil, só porque alguém assim o quis, porque teve Fé....

As montanhas que a Fé transporta, segundo as palavras de Jesus, são as montanhas de ordem moral. As dificuldades, as resistências, a má vontade que existem nos homens, entre tantas outras, são exemplos de montanhas, ou barreiras se assim quiseram, que cabe ao homem supera-las. E para isso, ai esta a Fé a nos auxiliar.

Desde crianças ouvimos falar, primeiro por nossos pais, depois por todos aqueles com quem cruzamos caminho ao longo da vida, que precisamos ter fé.

Tentando entender essa fé, observamos que ela é definida pela sociedade como o sentimento de confiança que temos em nós mesmos, na nossa própria força. O que não deixa de ser verdade, porque quando confiamos em nós mesmos, somos capazes de fazer coisas que não fazemos, quando não temos essa confiança..

Embora não seja errada essa definição, é pelo menos incompleta..

Sem bem que a Fé realmente trata-se de um sentimento de confiança, a Fé de que nos fala Jesus extrapola, como não poderia deixar de ser, o conceito vulgar do homem, acostumado à caça de valores e prazeres materiais.

A Fé é verdade, é um sentimento inato ao homem. Esta com ele e pode ser percebido quando deposita confiança em alguma coisa, ou em alguém.

Desta forma, podemos ter fé em nós mesmos, na nossa capacidade, na nossa força. Podemos ter fé num talismã qualquer e até mesmo em animais.

Na evolução que a humanidade vem percorrendo ao longo dos milênios, houve uma época em que os homens adoram os animais. Eram seus deuses e neles depositavam sua fé, sua confiança.

Depois essa fé nos animais, mais evoluída, fez com que o homem adotasse a adoração em deuses meio-homem, meio-animal. É a época da mitologia Grega, Egípcia, da Romana..

Veio então Moisés, revelando a fé num Deus único, abstrato, sem forma. Embora possuindo ainda os atributos humanos, o Deus-vingativo de Moisés, apresentou uma evolução ao pensamento da humanidade, Este novo conhecimento, foi ainda mais enriquecido quando Jesus Cristo veio ao mundo trazendo, não mais o Deus vingativo de Moisés, mas sim o Deus Amor.

A Revelação Cristã trouxe, por conseqüência, e entre outras coisas, uma nova fé..

Não mais a fé em poderes temporais, passageiros e falíveis. Não mais a confiança em forças sujeitas ao homem, e não o homem a elas.

Mudou-se o panorama.

A nova Fé, ao contrário da fé fraca e vacilante de outrora, estabelece, naquele que a pratica e a exercita, a esperança e a tranqüilidade que o conduzirá durante as batalhas .

Durante a natural batalha da vida, onde enfrentamos as conseqüências de nossos próprios erros ( Lei de ação e reação)

A Fé Cristã se caracteriza pela confiança que se deposita naquele Deus-Amor trazido por Jesus. Essa confiança nos dá a certeza de que vamos obter o que de melhor e mais necessário for ao nosso adiantamento espiritual. Essa certeza nos dá a tranquilidade, a serenidade para diante dos inevitáveis da vida, não nos perdemos em meio as revoltas e insensatez tão comuns.

Após o avento do Cristo, tudo o que Ele ensinou foi adequado aos interesses daqueles homens que dominavam e,, por vezes monopolizavam os ensinamentos de Jesus, Surgiu então a Fé cega.

Aquela fé ( Fé cega), levava os homens a crerem em algo apenas porque as autoridades afirmavam aquele algo. Não havia um exame para estabelecer a crença. O pensamento estava obliterado. O que é natural, porque o raciocínio livre impede a escalada da fé cega. Nessa escuridão intelectual e sujeição da Fé, o homem viveu e foi dominado pelo homem durante muitos séculos. Justamente por falta de uma liberdade de raciocínio e de divulgação livre do pensamento, foram surgindo pouco a pouco, os tabus que se assomavam aos que já existiam.

A humanidade parecia assim, presa numa infantilidade cultural e religiosa.

Mas Jesus, não deixou jamais de enviar seu socorro à pobre e sofrida humanidade, que sofria sob o peso de seus próprios erros, porque aquela situação não foi, com certeza, criada ou mandada por Deus, mas antes, o resultado da própria incúria humana. Aos poucos o pensamento humano foi se libertando.

Galileu Galilei é um desses marcos da libertação do pensamento humano.

Já na segunda metade do século XIX, em abril de 1857, Allan Kardec, lançou ao mundo O Livro dos Espíritos, emergindo a Doutrina dos Espíritos, e revoluciona o pensamento da época, revelando o mundo dos Espíritos, sua relação com o mundo dos encarnados e suas conseqüências, afirma que só a Fé raciocinada pode encarar a razão frente a frente em qualquer época da humanidade.

Estava então decretada a falência da fé cega.

A Fé de hoje, com os ensinamentos do Cristo devidamente esclarecidos pela razão, é o tesouro maior da alma. Se é verdade que o homem no mundo tem seu valor medido pelo ouro que carrega, também é verdade que o homem no mundo Espiritual vale pela Fé que possui.

Para conseguir seus bens materiais é preciso muito trabalho, muito esforço, muita dedicação e raciocínio. E, esses bens nos dão o bem estar físico.

Os valores Espirituais também são conseguidos com muito esforço, trabalho e raciocínio. Esses valores nos dão bem estar espiritual e físico também.

A Doutrina Espírita nos esclarece que a vida é difícil diante das alfinetadas que acabam por nos ferir, que a dor é uma benção, que conseguimos através do sofrimento bem compreendido, nos moldar às realidades das Leis que regem a vida. "Procurai suportar com ânimo, tudo aquilo que precisa ser feito" nos disse o grande filósofo Sócrates "tende bom ânimo, aquele que não acredita em si mesmo é um fracassado na vida " Tudo é possível àquele que crê) Crer não se resume em aceitar. Entre aceitar e crer existe um abismo de distância.

Aceitar é um ato da vontade.

Crer é, perceber, é sentir uma realidade, é função do raciocínio, é, numa palavra, ato de assimilação consciente.

Quem se dispõe a ACEITAR uma doutrina qualquer, pode faze-lo independente a aquiescência da razão e até do bom-senso, motivos vários induzem indivíduos a aceitar ou rejeitar este ou aquele postulado, o espírito de imitação e as sugestões do meio são fatores que contribuem.

CRER no sentido real, é coisa muito diversa, ninguém pode crer naquilo que não entende, que não passou pelo cadinho de sua razão, recebido através dessa faculdade a devida confirmação. ACEITAR é com os lábios. CRER procede do coração, do sentimento.

Precisamos aceitar aquilo que não podemos mudar, sempre procurando através da Fé raciocinada, compreender a situação sem tristeza, nem desânimo, porque na vida nem tudo acontece como desejamos.

Tudo na vida tem uma explicação, logo é indispensável nossa compreensão com os acontecimentos inevitáveis, partindo do princípio que não cai uma folha da àrvore sem a vontade de Deus.

A Fé raciocinada e o equilíbrio nos conduzirão com absoluta certeza, a caminhos melhores e nos Dara entendimento e compreensão daquilo que não se pode mudar, e forças suficientes para transformar as dores em bençãos.

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Criado e mantido por Vitorino José.
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