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Farol do Caminho
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  1. A caridade material e a caridade moral
  2. A coragem da fé
  3. A eclosão da mediunidade
  4. A fé que transporta montanhas
  5. Ajuda-te e o Céu te ajudará
  6. Amar ao próximo como a si mesmo
  7. A mediunidade dos animais
  8. A mediunidade na história
  9. A mulher na história
  10. A quem muito foi dado, muito será cobrado
  11. A Simbologia da Páscoa
  12. Bem aventurados os aflitos
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  15. Desenvolvimento mediúnico
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  21. Lavar as mãos
  22. Mundos Superiores e mundos inferiores
  23. Natal
  24. Não separar o que Deus juntou
  25. Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo
  26. O amor ao próximo
  27. O Cristo Consolador
  28. O Diabo - Uma breve visão do Maligno
  29. O tríplice aspecto do Espiritismo
  30. O jugo leve
  31. Retorno a vida corporal

A Simbologia da Páscoa

Vitorino José

Do Pessach à Páscoa cristã e aos ovos de chocolates, uma festa recheada de símbolos e algum misticismo.

A Páscoa é, sem dúvida alguma, uma festa que encanta a garotada e até mesmo os adultos. Evidentemente que na maioria dos casos é por causa dos ovos de chocolates que são vendidos recheados de bombons. Mas esta é a páscoa do comércio, que mistura o delicioso sabor do chocolate com os símbolos que bem poucos entendem seu significado.

Muitos se perguntam porque o coelho e os ovos são o símbolo da Páscoa. Existem algumas lendas a respeito.

Uma das que conheço diz respeito a Simão, o cirineu, que ajudou Jesus a levar a cruz até o Calvário. Conta a lenda que ele era vendedor de ovos e que, ao voltar para casa, encontrou todos os seus ovos milagrosamente coloridos. Já o coelho, desde o antigo Egito, é o símbolo da fertilidade. Devido à sua popularidade é que foram adotados.

A Páscoa dos católicos e o Pessach dos Judeus, são festas comemoradas por motivos muito diferentes, embora guardem alguma semelhança.

O Pessach comemora a libertação do povo hebreu do domínio egípcio. Trata, mais precisamente, da noite da décima praga, a morte dos primogênitos egípcios. Naquela noite, por ordem de Deus, todos os judeus ficaram dentro de suas casas, preservando seus primogênitos.

A Páscoa dos judeus, no entanto, tem antecedentes anteriores ao Êxodo. Antes do cativeiro no Egito, os hebreus viviam como tribos nômades, sem organização nacionalista. Nesta época, havia uma Páscoa que era celebrada por ocasião da chegada da primavera onde se sacrificava um cordeiro. Daí o nome de cordeiro pascal dada à esta festividade judaica. Algum tempo depois, surgiu outra páscoa,também na primavera, onde se comemorava o início da colheita do trigo, chamada Chag Hámatzot, também conhecida como a Festa dos Pães Ázimos. Era comemorada com pães feitos de massa não-fermentada.

Estas duas festas associaram-se à do Êxodo quando o povo judeu, não tendo tempo para fermentar a massa, tiveram que comer pães ázimos. A Páscoa dos judeus é uma lembrança destas passagens. Os rituais, cheios de simbologias, guardam incrível semelhança com as festas realizadas na época do Êxodo. Os pães ázimos são festejados até hoje. Os judeus não abrem mão das aparências, dos rituais e das simbologias. Existe, por exemplo, o ritual de se procurar o fermento pela casa, e não deixar vestígio algum. Este ritual é chamado Bedikat chametz e simboliza a farinha fermentada que os nômades hebreus jogavam fora devido a chegada da colheita do trigo. Enfim, tudo é ritualismo e simbologia.

A Páscoa dos católicos, também chamada Páscoa dos Cristãos, diz respeito à ressurreição do Cristo. A importância consiste no fato de que, até aquela data, ninguém havia ressurgido dos mortos.

Cristo, indo e vindo do mundo dos mortos, estabelece uma vitória sobre a morte, consagrando-se como o primeiro homem a vencê-Ia, o que nenhum outro líder religioso, como Buda e Maomé, conseguiram.

Esta ressurreição simboliza, então, a libertação do homem, de seus pecados e da sua morte. Cristo é o libertador. o salvador.

Existem algumas semelhanças entre as duas páscoas. Ambas comemoram a redenção: a de um povo, para os judeus; a de um homem, para os católicos. Ambas ressaltam a liberdade: para os judeus, é um povo libertando-se do cativeiro; para os católicos, um homem libertando-se do pecado e da morte.

E o que é que nós espíritas, temos com isso? Para respondermos a esta pergunta, precisamos, antes de qualquer coisa, definir o que é ser espírita.

E neste assunto, ninguém melhor que Kardec para nos auxiliar.

Embora possamos encontrar n’O Livro dos Médiuns uma definição para a palavra espírita é em Obras Póstumas que encontraremos definida a qualidade do verdadeiro espírita: "Dizer-se espírita convicto não indica, pois de modo algum, a extensão da crença. Esta palavra significa muito para uns e muito pouco para outros".

Ary Lex e Deolindo Amorim, nos trazem mais esclarecimentos em torno da questão.

Ser espírita não é simplesmente acreditar na existência dos espíritos e na sua comunicação com os chamados vivos. Assim, nem toda a sessão mediúnica é uma sessão espírita. Na Umbanda, e em qualquer outra religião onde se pratica o mediunismo, pode ser feita uma sessão mediúnica. Mas apenas numa Casa Espírita, que se mantém nos princípios Kardecistas, é que se pode praticar sessões espíritas.

Não se limitando à crença superficial, o verdadeiro espírita, o adepto do Espiritismo, pode ser definido como aquele que admite os fenômenos mediúnicos, que se interessa pela filosofia e moral que complementam a obra espírita; não apenas como objeto de estudos e análise mas também se esforçando por se melhorar, vencendo suas imperfeições, aplicando os conhecimentos espíritas no seu dia - a - dia.

Disto resulta que, se a pessoa que se diz espírita, ainda teme as penas eternas; ou se tem medo do demônio; ou se festeja as festas simbólicas, de outras religiões; então não pode ser chamado de espírita. Ou pelo menos de verdadeiro espírita.

No entanto, há que se fazer uma distinação. O Espiritismo é relativamente novo, como corpo de doutrina, no mundo. A maioria de nós, atuais espíritas, é originária de outras religiões. Até bem pouco tempo, freqüentávamos os templos católicos, protestantes, judeus, budistas etc.. Durante muito tempo tivemos por verdades absolutas os conceitos da religião que freqüentávamos. Desejosos de saber, ou motivados pela mediunidade nascente, ou procurando alívio que não mais encontrávamos, paramos no Espiritismo. É perfeitamente natural que demoremos ainda um pouco, talvez mais, talvez menos, para nos libertarmos de conceitos que tanto perduraram em nossa mente e em nosso coração.

Por esta razão é que encontramos pessoas, mesmo entre os que se dedicam à prática mediúnica, com conceitos, desejos e opiniões ainda recheados com o sabor de conceitos velhos.

A superação e total assimilação dos conceitos espíritas leva algum tempo. Mas nisso, há dois aspectos a serem considerados: O primeiro, é que devemos nos esforçar para superar antigos vícios religiosos, conceitos ainda arraigados, o mais rápido possível. O segundo, é que não devemos confundir o comportamento destas pessoas com a doutrina em si. Em outras palavras: sabemos que por todo lugar existem pessoas que vão à missa de manhã, e à noite ao Centro Espírita e, por isso, se dizem "espíritas-católicos". Mas isso não existe. O comportamento da pessoa é que está errado, e mais cedo ou mais tarde, esta pessoa deverá decidir-se pelo Catolicismo ou pelo Espiritismo.

Diante disto, a comemoração da Páscoa ou de qualquer outra festividade de outra religião, implica numa falta de pureza doutrinária.

Qualquer pessoa que se diga espírita, e que praticar atos característicos de outras religiões, que o faça sem envolver em suas atitudes pessoais a Doutrina Espírita, definido com clareza que tais atos não são condizentes com a Doutrina.

O alerta é sempre válido, pois ainda hoje muitos companheiros, respeitáveis pelo carinho que dedicam ao semelhante, pelo conhecimento adquirido, ainda trazem consigo vícios de linguagem que não pertencem ao Espiritismo. Pequenos hábitos como, por exemplo, a palavra "pecado".

Pode parecer insignificante e facilmente tolerável estes pequenos deslizes. Mas a suportá-los, logo teremos inúmeros enxertos que acabarão por descaracterizar o Espiritismo, acontecendo o mesmo que aconteceu com o Cristianismo nascente.

Por outro lado, é curioso como alguns espíritas insistem em afirmar que "não tem nada demais...". Não devemos festejar o Pessach, ou a Páscoa, ou falar "pecado", ou acender velas no momento de orações domésticas, ou beijar o desenho (retrato) do santo protetor antes de dormir; ou acreditar em penas eternas porque não são crenças espíritas, e as afastando estamos simplesmente mantendo nossa pureza doutrinária.

Afinal de contas, convenhamos, os pastores e padres nunca falam em suas dissertações sobre a reencarnação, a não ser para desmerecê-Ia. E fazem isto porque eles mantêm uma fidelidade à doutrina que abraçaram. E estão certos!

Porque não fazemos o mesmo? Porque não nos mantermos fiéis ao Cristo, pelo modelo espírita que abraçamos? Porque não fazermos isso, mantendo uma pureza doutrinária dentro e fora de nosso coração?

OK! Vamos lá!


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