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Farol do Caminho
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Todos os artigos
  1. A caridade material e a caridade moral
  2. A coragem da fé
  3. A eclosão da mediunidade
  4. A fé que transporta montanhas
  5. Ajuda-te e o Céu te ajudará
  6. Amar ao próximo como a si mesmo
  7. A mediunidade dos animais
  8. A mediunidade na história
  9. A mulher na história
  10. A quem muito foi dado, muito será cobrado
  11. A Simbologia da Páscoa
  12. Bem aventurados os aflitos
  13. Buscai e achareis
  14. Comunicação mediúnica
  15. Desenvolvimento mediúnico
  16. Determinismo e Livre Arbítrio
  17. Finados
  18. Fora da caridade não há salvação
  19. Há muitas moradas na casa do Pai
  20. Jesus no lar
  21. Lavar as mãos
  22. Mundos Superiores e mundos inferiores
  23. Natal
  24. Não separar o que Deus juntou
  25. Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo
  26. O amor ao próximo
  27. O Cristo Consolador
  28. O Diabo - Uma breve visão do Maligno
  29. O tríplice aspecto do Espiritismo
  30. O jugo leve
  31. Retorno a vida corporal

Comunicação Mediúnica

Rafael Perez

O fenômeno anímico é a manifestação da própria alma; Animismo e espiritismo são recíprocos, tendo como única origem o espírito humano, que quando encarnado, produz fenômenos anímicos, quando desencarnado determina os fenômenos espíritas (mediúnicos).

O animismo colabora com o mediunismo consciente ou inconsciente. Não há fenômeno espírita puro, uma vez que a manifestação de espíritos desencarnados, no contexto terreno, necessita de um encarnado para intermediar. Como o médium utiliza os recursos de sua própria alma, utiliza o animismo.

Atualmente se classifica os tipos de mediunidade em Efeitos Físicos: efeitos musicais, aparições, pneumatógrafos, curadores etc. E os de efeitos intelectuais quais sejam, audientes, falantes, videntes, sonambúlicos, profetas etc. Para entendermos melhor esta classificação é necessário primeiro entendermos da composição do ser humano que é dividido em três elementos: Espírito, perispírito e corpo.

O livro dos espíritos, um dos livros da codificação de Kardec, define os espíritos como sendo "os seres inteligentes da criação", separando ainda o espírito da matéria, "... Os espíritos são individualização do principio inteligente, como os corpos são individualização do principio material". Não é um entendimento correto afirmar que o espírito é imaterial, quando na verdade o mais correto é dizer que ele é incorpóreo. È uma matéria quintessenciada, que não tem analogia, sendo tão eterizada que não pode ser notada pelos sentidos. O espírito em outras palavras somos nós mesmos, é a nossa individualidade. Já o perispírito é um corpo fluídico que envolve o nosso espírito, sendo este envoltório semimaterial, formado conforme o fluido Universal de cada planeta. Quando encarnado, o espírito continua envolvido pelo perispírito que nesta ocasião atua como receptor das sensações físicas do corpo, fazendo a ligação entre o corpo e a alma, através do sistema nervoso existente em nosso corpo físico. O corpo é o instrumento com o qual o espírito atua no mundo físico, sendo um reflexo do corpo espiritual. Formado pela união de células é elemento material, é o santuário sublime de cada espírito encarnado.

Tornemos agora a rever o que acabamos de ler. Dizemos então que o perispírito é o laço que une o espírito ao corpo, e é por seu intermédio que o espírito transmite aos órgãos físicos os movimentos que exprimem a vontade do espírito, atuando pelo corpo físico no mundo material. Tendo destruído o corpo físico pela morte, os espíritos continuam com o seu próprio envoltório, o perispírito logo, encarnado ou desencarnado, é pelo perispírito que emitem a vontade de ação da alma. Para isso se utilizam de fluidos perispirituais.

As comunicações mediúnicas se realizam pela irradiação do pensamento, através de fluidos perispirituais emitidos pelo espírito agindo sobre o médium contaminando seus órgãos físicos, sendo estes fluidos o veiculo do pensamento.

Neste conceito acrescento ainda outro elemento de uma comunicação mediúnica. É o que chama André Luiz, em seu livro Mecanismos da Mediunidade, de circuito Mediúnico que é a extensão do campo de integração magnético em que circula uma corrente mental, sempre que se mantenha a sintonia psíquica entre seus extremos o médium e o desencarnado.

Esta tripla combinação faz do perispírito um importante componente nas comunicações. É o fator de contato entre o mundo espiritual e o físico.

Considerando que as comunicações estão baseadas no pensamento, mente a mente, o perispírito é o instrumento utilizado para todas as ações. Como no caso das manifestações de efeitos físicos: o perispírito do médium projeta para o exterior uma emissão fluídica e os espíritos se apropriam desses fluidos e combinam com os fluidos magnéticos dos espíritos específicos para tal ato, e com isso adquirem meios para produzirem os fenômenos. Já os de efeitos intelectuais: o espírito que quer se comunicar liga seu perispírito ao perispírito do médium e assim influencia o médium que lhe reproduz os pensamentos pela palavra ou pela escrita etc. Esta ligação de perispírito se dá na aproximação entre as Auras, lembrando que Aura é apenas uma expansão do perispírito que acaba envolvendo o corpo material em um campo de luz e magnetismo. Este primeiro contato, que é a ligação entre Auras, exige já certa compatibilidade entre elas.

A aura caracteriza um dos atributos do espírito. Estamos falando do atributo da expansibilidade, expansão do perispírito que amplia o seu campo de sensibilidade e percepção. Este atributo é a base de todo processo mediúnico.

Nota-se que mesmo acumulando funções diferentes para cada tipo de processos mediúnicos, o perispírito está sempre presente, pois sendo o fator fundamental não deixaria de faltar a nenhum fenômeno.

Por fim, deve ser esclarecido que a mediunidade é inerente a todos, porque até os mais grosseiros, atrasados ou "pecadores", Deus deu direito e oportunidade de saldar os seus débitos, e fez da mediunidade um meio hábil de se o fazer rapidamente e com mais eficiência. Claro que o mau uso na cobrança pelo que de graça recebeu, ou a ociosidade, uso para o mal, serão futuramente motivos de mais débitos, mas mesmos os que as tem e fazem bom uso para o bem estar do próximo, não esqueça, também, que nem por isso são anjos encarnados, por mais brilhante que sejam suas manifestações mediúnicas. Na verdade são devedores que tem que manter na alma o desejo de se manter no bem.

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