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Farol do Caminho
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  1. A caridade material e a caridade moral
  2. A coragem da fé
  3. A eclosão da mediunidade
  4. A fé que transporta montanhas
  5. Ajuda-te e o Céu te ajudará
  6. Amar ao próximo como a si mesmo
  7. A mediunidade dos animais
  8. A mediunidade na história
  9. A mulher na história
  10. A quem muito foi dado, muito será cobrado
  11. A Simbologia da Páscoa
  12. Bem aventurados os aflitos
  13. Buscai e achareis
  14. Comunicação mediúnica
  15. Desenvolvimento mediúnico
  16. Determinismo e Livre Arbítrio
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  18. Fora da caridade não há salvação
  19. Há muitas moradas na casa do Pai
  20. Jesus no lar
  21. Lavar as mãos
  22. Mundos Superiores e mundos inferiores
  23. Natal
  24. Não separar o que Deus juntou
  25. Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo
  26. O amor ao próximo
  27. O Cristo Consolador
  28. O Diabo - Uma breve visão do Maligno
  29. O tríplice aspecto do Espiritismo
  30. O jugo leve
  31. Retorno a vida corporal

Mundos Superiores e mundos inferiores

Vitorino José

O tema faz parte do Cap III do ESE, que analisa a instrução de Jesus de que há muitas moradas na casa do Pai.

Esta informação foi passada por Jesus ao dar as ultimas instruções aos Apóstolos durante a ultima ceia, logo após Judas deixar o recinto. Foi também nestas ultimas instruções em que houve a promessa do Consolador, entre outras muito importantes.

O Espiritismo entende que as muitas moradas da casa do Pai são os diversos locais, materiais e espirituais onde os espíritos podem aprender e progredir, melhorando-se passo a passo.

Neste item estamos analisando a classificação dos diversos mundos.

Acreditamos que o Universo possuiu bilhões de planetas e acreditamos que todos são habitados.

Ao olharmos o Livro dos Espíritos, capítulo III item V, veremos que textualmente o Espiritismo afirma que existe vida em todos os planetas, pois seria incompreensível um Deus que teria criado planetas inúteis, que serviriam apenas para deliciar o olhar do homem.

Provém muito mais do orgulho e do egoísmo achar que, em meio a bilhões de planetas, só na nossa Galáxia, apenas este minúsculo planeta, de pequena grandeza, tivesse vida.

No entanto, uma pergunta precisa ser respondida. Se existe vida em outros planetas, porque isto nunca foi revelado? O Espiritismo está certo e a ciência errada?

No mundo da ciência, mais exatamente na Astrologia e suas ramificações, acredita-se cada vez mais na existência de vida inteligente em outros planetas. Um e outro cientista tem crença pessoal, não comprovada, da possível existência de supercivilizações em planetas muito distantes do nosso.

Embora estas teorias carecem de provas e são feitas com cautela, elas representam um avanço enorme porque há pouco tempo, um cientista seria ridicularizado ao expor uma opinião como essa. No entanto, não é a Astrologia que estuda esta possibilidade. A ciência que trata da possibilidade de vida em outros planetas é a Exobiologia.

Esta ciência surgiu em 1960, criada pelo biólogo Joshua Lederberg durante seus trabalhos na NASA. A princípio esta idéia foi ridicularizada e não foi aceita, mas diante das novas descobertas ela foi pouco a pouco vencendo a intransigência e hoje é uma ciência estabelecida.

Apesar dos progressos, ainda existe um distanciamento muito grande entre o Espiritismo a Exobiologia. Por mais que o Espiritismo afirme, com fundamentos lógicos e racionais, não existem fatos que comprovem a vida fora do nosso planeta.

Alguém poderá afirmar que os OVNI's estão aqui, que os ET's estão entre nós e é uma realidade. Não duvido. Mas também não existem provas incontestáveis. O que existem são suspeitas. Dizem, por exemplo, que os Estados Unidos, durante a 2ª. Guerra capturou um alienígena tendo feito, inclusive, uma autópsia para conhecer a sua composição biológica. Também foi neste período que um OVNI foi abatido acidentalmente e o que restou desta nave está no conhecido Hangar 57. Dizem os que acreditam nisso, que a evolução tecnológica e cientifica do mundo, e o desenvolvimento econômico dos Estados Unidos se devem a estes dois fatos. No entanto, nenhum governo até hoje admitiu sua existência. Portanto, tanto a existência de ET's, OVNI's e vida em outros planetas permanecem sem comprovação científica.

Para entendermos esta aparente discordância entre a ciência oficial e o Espiritismo, precisamos definir o conceito de vida.

Para a Exobiologia a maior dificuldade de precisar se existe vida em outro planeta é pelo fato de que a única forma de vida que conhecemos é a que existe no nosso Planeta. Não há como a ciência pesquisar uma forma de vida ainda desconhecida. Para nós, a vida só será possível se existir água. E tem que ser na forma líquida. Já se comprovou a existência de verdadeiros lagos na Lua e deve-se comprovar para breve a existência de oceanos subterrâneos em Marte. Mas tudo congelado.

A quantidade de gelo subterrâneo em Marte pode indicar que por lá já houve algum tipo de vida, mas os estudos indicam que esta vida foi por um curto período e não se pode afirmar, ainda, como esta vida se desenvolvia. Tudo ainda é muito precoce.

No entanto, já existem grandes possibilidades de encontrarmos oceanos líquidos subterrâneos em Europa, uma das luas de Júpiter. Outros satélites (de Júpiter e Saturno) podem possuir oceanos: Ganimedes, Calisto e Titã.

Para o Espiritismo, a vida se manifesta de diversas formas, e aquelas existentes no nosso Planeta são apenas as adequadas às condições materiais do nosso Planeta. A vida ultrapassa o túmulo e a morte nada representa para a vida como a entendemos. Continuamos a viver a vida na espiritualidade, como espíritos desencarnados, livres do peso da matéria. A matéria espiritual que nos reveste não pode ser medida ou pesada pelos equipamentos que possuímos, e por isso mesmo esta vida passa desapercebida pelos nossos cientistas, que não conseguem pesquisar a vida como a entendemos.

Por isso, nada há de anormal acreditarmos que há vida em todos os planetas enquanto nossa ciência ainda não consegue comprová-las.

Entendida esta parte, precisamos entender a classificação destes mundos, já que todos são habitados.

Quando falamos em mundos mais evoluídos que outros, temos que ter cuidado para não interpretar errado. Quando se afirma que um mundo é superior a outro, não se fala do planeta em si, dos minérios que o compõem, da vida animal ou vegetal. Embora os minérios sejam uma forma de classificação, a forma de que tratamos é a moral.

Um planeta por si só não possui moralidade alguma, já que a moral é uma qualidade do espírito. Assim, um planeta será superior ou inferior a outro quando comparamos a qualidade moral daqueles que o habitam.

O planeta Terra está numa posição de intermediária para inferior devido ao grau moral de seus habitantes. Muitos de nós, se não todos, gostaríamos de estar num planeta melhor porque achamos que lá a vida é melhor. Não tem as misérias e os sofrimentos que vemos aqui. Sonhamos com um mundo melhor, o que é bem natural. Mas, o que fazemos para conquistá-lo? Pensamos de um jeito e vivemos de outro e muitas vezes não nos comportamos conforme acreditamos, nos distanciando da nossa melhor realidade. O sonho de um mundo melhor morre a cada dia em nossas atitudes descabidas e contrárias às instruções que Jesus nos deu.

Porque acreditamos num mundo melhor e como entendemos este mundo melhor? Pelas descrições que ouvimos de alguém. Seja através de um livro, seja pela palavra de alguém, criamos uma imagem de como deve ser a vida nestes mundos melhores. E aqui um cuidado especial deve ser tomado.

Como não conhecemos um mundo melhor, só nos resta entender e imaginar a vida num lugar assim. E nossa imaginação é muito fértil. Por mais que os Espíritos Superiores tentem, nos é difícil imaginar ou descrever a vida num mundo melhor que o nosso. Como entender um mundo como o descrito no item 9? Um mundo onde não há doenças, onde o corpo não se deteriora como o nosso, onde as pessoas não andam como nós, mas deslizam-se pelo ar ou logo acima do solo. Se não usarmos o bom senso e a razão, tão recomendadas por Kardec, cairemos nos mesmos erros dos companheiros de outras religiões que descrevem o Céu como sendo um Paraíso onde nada se faz como se o Paraíso da criatura humana fosse o não ter o que fazer.

O fato é que sentimos em nós a mesma dificuldade das nossas ciências em procurar vida em outro planeta. Não conseguimos ponderar senão aquilo que conhecemos.

Podemos aceitar a idéia de um mundo melhor que outro quando analisamos as diferentes moradas do Pai dentro do nosso próprio modo de vida.

Todos vivemos em sociedade e cada sociedade representa a soma das qualidades morais de seus componentes. Assim, existem agrupamentos humanos dedicados ao tráfego de drogas, entorpecentes. Mas existem agrupamentos humanos dedicados à divulgação das artes. Existem sociedades dedicadas a trilhar um caminho melhor do que o atual. Não existem aí três mundos diferentes, um melhor do que o outro?

A mesma disposição moral é encontrada no mundo espiritual, onde as sociedades serão mais harmonizadas ou mais sofríveis de acordo com o grau moral de seus habitantes.

Vários espíritos esclarecidos nos descrevem os modelos de sociedade que existem na espiritualidade e todos os modelos são nossos conhecidos e compõem mundos diferentes, superiores e inferiores.

Vulgarmente falamos que a vida espiritual é igual à vida material de tal forma que ao morrer podemos não perceber a diferença. Existe um pequeno erro de interpretação. O mundo material é que é igual ao mundo espiritual e não o contrário. Afirma alguns espíritos que o mundo material é uma representação não muito boa da realidade espiritual.

Mundo material e mundo espiritual são dois outros mundos onde o espiritual é superior por ser a nossa origem, o nosso verdadeiro mundo.

A cidade de Nosso Lar, descrita por André Luiz, tornou-se quase um modelo de cidade que gostaríamos de habitar.

Algumas vezes nos invade um medo, ou uma insegurança e nos perguntamos: "Ai, meu Deus! Para onde vou depois de morrer?". Medo e insegurança naturais em espíritos ainda ignorantes quanto à própria realidade espiritual.

Se hoje vivemos numa sociedade mais ou menos equilibrada é por estarmos no lugar que melhor nos adaptamos, no melhor lugar onde podemos encontrar outros espíritos com os quais nos relacionamos bem. E assim será após a morte, já que a morte do corpo em nada transforma a moral do desencarnante. Morto o corpo, retornaremos para a sociedade à qual pertencemos por afinidade moral, e continuaremos a nossa vida em meio daqueles cuja companhia nos atrai.

No entanto, as sociedades espirituais, enquanto formadoras de pequenos mundos, são em muito variadas e diferentes das que conhecemos do lado material da vida. Justamente por ver-se livre do pesado fardo que é o corpo material, manifestamos nossos desejos mais livremente e o pensamento, como força criadora que é, criará em torno de nós o mundo que fizemos dentro de nós mesmos. É a nossa verdade se materializando. Com isto, as sociedades são mais complexas. Naquelas menos equilibradas, onde a mágoa e a revolta predominam, a dor e o sofrimento são freqüentes. Já nas sociedades mais equilibradas, a harmonia se faz presente, contribuindo para o equilíbrio do desencarnado que tem melhores condições de socorrer os seus semelhantes sofredores.

De novo retomamos a questão do nosso desejo de melhora. Queremos, ao desencarnar, ocupar um lugar numa sociedade feliz e equilibrada. Mas o que fazemos para chegar lá? Quase nada. Se desejarmos viver numa sociedade melhor que a atual, temos que modificar a sociedade onde vivemos hoje, sem perder aqueles que amamos. Se nossa família passa por momentos difíceis, temos que contribuir para a solução do problema a fim de que todos os membros possam aprender e se desenvolver o mais rapidamente possível. Aqueles que se desenvolverem irão montando uma sociedade familiar mais equilibrada, mais justa e esta sociedade será a permanente após a morte do corpo enquanto para aqueles que recusaram o aprendizado, com suas queixas e revoltas, se manterão na sociedade que escolheram.

Nenhum mundo, nenhuma sociedade melhorará ou será melhor que outra se não houver interesse pela mudança, pela renovação dos valores, pela busca dos acertos dos erros cometidos. Sem esforço, sem trabalho íntimo o desejo de freqüentarmos mundos melhores ficará só no desejo. E continuaremos a sofrer e a lamentar a nossa situação, provavelmente culpando Deus pelos nossos erros.

Não podemos imaginar que Deus tenha colocado num planeta uma humanidade e crer que dependerá exclusivamente desta humanidade a evolução do planeta. Dentre os habitantes, há os que evoluem mais rapidamente que outros, enquanto alguns poucos permanecem estacionados, mesmo que por pouco tempo. Chega o momento em que a diversidade entre os habitantes é tanta que alguns ou a maioria começa a construir um mundo melhor que outros. Estes outros não poderão mais continuar entre os que lhe são melhores. É assim que se processa a melhoria de um planeta. O planeta Terra que já foi um mundo transitório será transformado em um planeta mais feliz que o atual. Todas as Religiões, dos mais diversos lugares e tempo falam de uma transformação. Dentro do mundo Cristão existem várias referências de Jesus sobre este dia, ou época. É o "apartar os bodes das cabras", "separar o joio do trigo", etc.

Alguns acreditam que este dia chegará precedido por enormes cataclismos, terremotos e tempestades. Afirmam que o dia ficará escuro, que as estrelas do céu cairão... É bem possível que isto aconteça. Fenômenos como estes são semelhantes aos que ocorrem por ocasião da morte de uma estrela, e o nosso Sol, como sabemos não é eterno...

Mas até lá, muita coisa vai acontecer.

A transformação da humanidade não precisa esperar tanto. Já hoje em dia podemos notar como vários mundos, de diferentes qualidades morais convivem neste nosso Planeta. Aqui e ali temos traficantes e criminosos de toda espécie, acolá temos pacifistas, idealista, além encontramos pessoas devotadas à prática da caridade, enfim, uma diferenciação moral muito grande quando comparamos os agrupamentos humanos.

Os Espíritos Superiores, desde Kardec nos alertam para a transformação do globo. Ora, esta transformação de que tratam é de ordem moral, e silenciosamente vem acontecendo.

Algumas pessoas, mesmo alguns espíritas, têm prestado atenção num fenômeno que está ocorrendo desde o fim da 2ª. Guerra Mundial, mas intensificou-se a partir de 1980 e a partir de 1995 pôde ser notado pelos cientistas e hoje este fenômeno está sendo muito comentado.

Sem querer afirmar qualquer coisa, mas apenas expondo um fato que pode não ser do conhecimento de algumas pessoas, não podemos ignorar o fenômeno das crianças índigo.

(*)Uma Criança Índigo é aquela que apresenta um novo e incomum conjunto de atributos psicológicos e mostra um padrão de comportamento geralmente não documentado ainda. Este padrão tem fatores comuns e únicos que sugerem que aqueles que interagem com elas (pais em particular) mudam seu tratamento e orientação com objetivo de obter o equilíbrio. Ignorar esses novos padrões é potencialmente criar desequilíbrio e frustração na mente desta preciosa nova vida.

Existem vários tipos de Índigos, mas na lista a seguir nós podemos dar alguns dos padrões de comportamento mais comuns:

Elas nos ajudarão a destituir dois paradigmas da humanidade:

Outras referências dão conta que o número de índigos nascendo no mundo cresce muito rapidamente, sem distinção de país, continente,posição social ou cultural. Em todos os paízes do mundo estas crianças estão surgindo em número tão elevado que pode ser que na sua casa exista pelo menos um deles.

Serão elas o protótipo do novo ser humano a habitar este planeta? Quem sabe? Serão elas que transformarão nossa sociedade para melhor? Ainda é cedo para concordar ou discordar. O momento é de acompanhar o desenvolvimento desta idéia que parece revolucionar velhos conceitos.

Tomara que possamos estar presenciando o surgimento de um novo e melhor modelo social para o que o nosso mundo deixe de ser um mundo de provas e espiações.


* Trecho extraído do livro The Índigo Children - de Lee Carroll e Jan Tober.
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